segunda-feira, 17 de junho de 2019

Areias do Tempo

Agarramos o tempo com o sopro do vicio da vida
Os segundos de nada valem
Pois não podemos ter a alma dividida
O tempo é intensidade no fim do precipício

As areias da ampulheta escoam dos nossos dedos
Fogem os minutos do nosso sangue
Vale a força da emoção para marcar a nossa palma
A fogo vincado vês o sol e o luar

Momentos em que queimamos o ser
Desespero ou cegueira nos deitam a mão
Corremos na esperança de ter
Aceitamos aquilo que não devemos merecer

Queima o duo, gela o raiar e as estrelas
Não agarres o tempo pois guarda as areias molhadas
Elas nada valem, pois húmidas em ti te agarram
O tempo voado, esse fica perdido no infinito do deserto

Verdes prados chegam por magia
Corres ao vento com o peito de amor
Dás o corpo e alma ao sonho que chegou
Sai das areias e ao oásis chegarás

Pois esse dia já chegou 
E nunca mais para trás olharás
Vês o futuro que te abraça 
E a felicidade acharás e nunca mais a perderás