segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Poema do Sono.



Sentido único na floresta da auto estrada
Escuridão pautada por pestanejares de sono e aborrecimento
Do outro lado, luzes.
Candeias do inferno e dos infernos a dizer que me vigiam?
Anjos, luzes redentoras e de esperança
Na tentativa de dizer

Segue que há caminho
Segue que há volta
Segue que nem tudo pode estar perdido
Segue que o que foi poderá vir a ser
Segue que o não , pode ser sim

Não sei, perguntei aos céus a resposta, sem estar á espera de uma.

Choveu mais.

Coincidência, Purificação ou Fustigação?
As luzes desapareceram, sozinho na estrada. É este o caminho?
Não.
Há pessoas á minha espera no meu regresso.



Autor: Poeta 7319

Uma simples Pinga


Manhã chuvosa, com água a entrar pelo corpo
Pescoço como canavial sensorial
Arrepio, sensação de gelo, reacção corporal imediata, auto estrada de sentidos para o nosso cérebro.
Impressionante como algo tão simples nos pode alertar

Simplesmente que chove e estamos desprotegidos
Simplesmente o toque subtil e sensual de quem gostamos
Simplesmente apanhar os sentidos que o nosso consciente quer ir buscar

Para os procurar
Para os lembrar
Para os esquecer


Enfim, uma simples gota de água, numa manhã cheia de frio, chuva, recordações e saudade.
A chuva irá parar. O frio também.
O resto logo se verá.
Se o pó da vida espalha tudo isso pelas areias do infinito ou não.


Autor: Poeta 7319

Haverá?

Escondi-me no calor dos teus braços
Respirei com a face nos teus perfeitos seios
Enrolei o corpo entre as tuas ansiosas pernas
Tocaste no meu ser e na minha aura


Olhares fixos ou cruzados de amantes ligados
Ligados, dentro um do outro, sem amarras
Chuva puvial libertadora e sorridente
Olhos tristes, sérios, complexos e duros


Palavras amargas e lancinantes
Ferida funda, fria e sem sentimento
O corpo recupera
A alma procura sapiência e paciência

O ser humano resiliente, paciente , aguarda
Haverá um prado depois de uma selvagem savana?
Haverá novante o calor reconfortante e quimicamente soldado a beijos ?
Haverá? O mundo espera. Não pára, abranda e fere na sua travagem, mas arranca.
Há, quando arranca, fogo de artifício trespassa o nosso corpo e inunda tudo ao nosso redor



Autor: Poeta 7319