segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Haverá?

Escondi-me no calor dos teus braços
Respirei com a face nos teus perfeitos seios
Enrolei o corpo entre as tuas ansiosas pernas
Tocaste no meu ser e na minha aura


Olhares fixos ou cruzados de amantes ligados
Ligados, dentro um do outro, sem amarras
Chuva puvial libertadora e sorridente
Olhos tristes, sérios, complexos e duros


Palavras amargas e lancinantes
Ferida funda, fria e sem sentimento
O corpo recupera
A alma procura sapiência e paciência

O ser humano resiliente, paciente , aguarda
Haverá um prado depois de uma selvagem savana?
Haverá novante o calor reconfortante e quimicamente soldado a beijos ?
Haverá? O mundo espera. Não pára, abranda e fere na sua travagem, mas arranca.
Há, quando arranca, fogo de artifício trespassa o nosso corpo e inunda tudo ao nosso redor



Autor: Poeta 7319

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