Escondi-me no calor dos teus braços
Respirei com a face nos teus perfeitos seiosEnrolei o corpo entre as tuas ansiosas pernas
Tocaste no meu ser e na minha aura
Olhares fixos ou cruzados de amantes ligados
Ligados, dentro um do outro, sem amarras
Chuva puvial libertadora e sorridente
Olhos tristes, sérios, complexos e duros
Palavras amargas e lancinantes
Ferida funda, fria e sem sentimento
O corpo recupera
A alma procura sapiência e paciência
O ser humano resiliente, paciente , aguarda
Haverá um prado depois de uma selvagem savana?
Haverá novante o calor reconfortante e quimicamente soldado a beijos ?
Haverá? O mundo espera. Não pára, abranda e fere na sua travagem, mas arranca.
Há, quando arranca, fogo de artifício trespassa o nosso corpo e inunda tudo ao nosso redor
Autor: Poeta 7319
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